Depois de dois meses confinados às quatro paredes da nossa casa, o desconfinamento veio trazer alguma luz aos nossos dias. Para além das viagens ao supermercado ou até à casa da avó, as únicas viagens possíveis eram aquelas feitas através dos filmes, séries ou fotos antigas.
Pelo que, assim que se iniciou o desconfinamento, respirar outros ares foi como um aconchego para a alma. Nem que as viagens fossem 99% feitas no carro e o outro 1% fora do carro, com o frasco de desinfetante em punho e sempre com máscara colocada.
No segundo fim-de-semana depois de ser permitido o desconfinamento, sugeriu-se cá em casa que fossemos sair, apanhar um pouco de ar e ver outras vistas. Depois de alguma discussão, concordamos ir fazer uma viagem de carro pelo Parque Nacional da Peneda – Gerês (PNPG), sem um destino muito concreto.
Embalamos a comida, preparamos todos os detalhes para um piquenique e rumamos em direção ao Campo do Gerês, a primeira paragem do dia.

Almoçamos por lá no parque de merendas à entrada da freguesia e ali determinamos o próximo destino. Seguiríamos pela Barragem de Vilarinho das Furnas em direção a Ponte da Barca, sempre pela natureza. Tentando recriar um passeio feito já no ano anterior por acidente.
Durante toda a viagem fomos presenteados com paisagens deslumbrantes e é em momentos como estes, que entendemos quão pequeno é o ser humano em relação à Natureza.
Da mais vasta paleta de verdes e azuis aos pormenores amarelos, brancos e roxos das flores selvagens, todos os detalhes nos deixam fascinados.
A estrada é uma estrada de alcatrão estreita, ladeada por rails e montanha, que serpenteia pela montanha até alcançar o topo. Pelo caminho somos presenteados com lugares fantásticos como a Barragem do Ribeiro da Gemesura. Um local lindíssimo, onde de uma pequena ponte podemos ver a extensão do vale.


A meio do caminho, decidimos fazer uma breve paragem no castelo de Lindoso antes de irmos para o centro de Ponte da Barca. Um local que nunca tinha visitado e que tive pena de não conseguir visitar o interior.
Limitei-me a passear pelas muralhas e a apreciar a paisagem a partir daquele lugar.




Terminamos a viagem em Ponte da Barca, onde aproveitamos para “piquenicar” o lanche junto ao rio.
Uma viagem feita com os cuidados todos relativamente à segurança, mas repleta de boas energias, paisagens apaixonantes e boa companhia.
Recomendo vivamente a quem nunca fez o caminho desde o Campo do Gerês até à Ponte da Barca “pela montanha” a fazê-lo. É uma experiência única e enriquecedora, da qual não se vão arrepender.
Que belo passeio. Fui há tanto tempo ao Gerês que fiquei com saudades!
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É sem dúvida, um dos meus lugares preferidos e nunca pára de me surpreender!
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